terça-feira, 3 de julho de 2007

o que importa é o que somos


Conta-se que, numa pequena cidade do interior, um grupo de pessoas se divertia com o idiota da aldeia, um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de bicos e esmolas.

Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam a ele duas moedas: uma grande de 400 réis e outra menor, de dois mil réis.

Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se ainda não havia percebido que a moeda maior valia menos.

"Eu sei." - respondeu o não tão tolo assim - "ela vale cinco vezes menos. Mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha moeda."

É possível tirar várias conclusões dessa pequena narrativa:

A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.

Dito em forma de pergunta: quais eram os verdadeiros tolos da história?

Mas a conclusão mais interessante é a percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito.

Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos.

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